Paulo Martinez e Vivian Whiteman no Pense Moda
Quando eu me vejo cada vez mais decepcionada com a moda e o mundo que a circula, leio uma entrevista fantástica da Vivian Whiteman (editora de moda da Folha de São Paulo) que me faz ver que eu preciso persistir. Ela me fez lembrar do que eu mais gosto na moda, do que me faz manter o brilho no olhar.
Colherada Cultural: O que tem de tão fascinante na moda para você?
Vivian Whiteman: Todo mundo fala que a moda é fútil, mas é uma besteira, pois hoje é um dos maiores mercados do mundo. Além disso é um dos mais pesquisados. Então, quando alguém vai lançar algo, já sabe que foi pesquisado, que vai ser uma tendência. É feita uma pesquisa, uma interpretação. Quem trabalha com birô de tendência capta algo que está acontecendo ao seu redor, é um termômetro. Você aproxima do seu corpo coisas que acontecem em diversos ramos. Quando faço um texto, tento analisar de várias maneiras e a partir de outras referências. É possível analisar a estrutura e postura: se é bem cortada, costurada, a modelagem. Não é meu jeito. O meu barato é ler imagens. Eu não sou critica de moda, sou leitora de imagem. Busco referências para essa leitura. É possível ler de várias formas o que está na passarela. Pode fazer conexões com tudo que é possível, política, cultura, cinema, psicanálise. É isso que gosto da moda, é de pensar nisso, nesse contexto. Por que aconteceu? Por que estão falando disso na passarela? Por que as lojas vão vender isso? Se fosse para falar da roupa por si perderia um pouco da graça. [Pra ler na íntegra, clique aqui]
Vivian Whiteman: Todo mundo fala que a moda é fútil, mas é uma besteira, pois hoje é um dos maiores mercados do mundo. Além disso é um dos mais pesquisados. Então, quando alguém vai lançar algo, já sabe que foi pesquisado, que vai ser uma tendência. É feita uma pesquisa, uma interpretação. Quem trabalha com birô de tendência capta algo que está acontecendo ao seu redor, é um termômetro. Você aproxima do seu corpo coisas que acontecem em diversos ramos. Quando faço um texto, tento analisar de várias maneiras e a partir de outras referências. É possível analisar a estrutura e postura: se é bem cortada, costurada, a modelagem. Não é meu jeito. O meu barato é ler imagens. Eu não sou critica de moda, sou leitora de imagem. Busco referências para essa leitura. É possível ler de várias formas o que está na passarela. Pode fazer conexões com tudo que é possível, política, cultura, cinema, psicanálise. É isso que gosto da moda, é de pensar nisso, nesse contexto. Por que aconteceu? Por que estão falando disso na passarela? Por que as lojas vão vender isso? Se fosse para falar da roupa por si perderia um pouco da graça. [Pra ler na íntegra, clique aqui]
Cheguei nessa entrevista depois de ler o texto dela sobre John Galliano e os fashion-nazis do mundo da moda. Ia escrever sobre isso e sobre toda a minha decepção com o mundo da moda - sei que tem muita gente boa (de boa energia e bom trabalho) por aí pensando parecido (não é, Marcy?). Mas quer saber? Ainda acredito que essa gente boa que está por aí pode fazer a diferença. E eu quero fazer também! rá! É só lembrar que eu posso - e agradeço à Vivian e seus textos maravilhosos por isso. Acredito que ainda se pode ter um coração nessa selva de pedra chamada moda. Eu só tenho que comer muito feijão com arroz ainda! hahaha...
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